quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A coragem da Galinha

Gente que insiste agir como galinha.
Cisca suas misérias
se limita ao seu humano.
Por botar um ovo, cantam madrugadas
como hino de glórias ao feito
que não é mais que sua obrigação,
seu motivo de existência.
Se contentam com as migalhas que caem da mesa
de seus "donos".
Os poucos que housam subir no telhado pra cantar mais alto
Por vezes termina com o pescoço degolado.
Vai pra panela, mas vai como quem teve coragem e viu o horizonte
de cima do telhado, como poucos viram.
Não viveram como mais um.
Não aceitaram sobreviver como galinhas que esperam a panela.
Ousaram lançar-se ao vento
E, por um segundo que seja, voaram como águia
E poduderam sentir o gosto de eternidade.
Nascemos para as colinas das águias,
para a montanha do sol,
para o telhado da galinha.
As vezes os sinais são como milhos
que caem um pouco a diante dos nossos bicos
e que as vezes não os comemos porque nos custa
esticar um pouco mais nosso pescoço.
Aprendamos com os detalhes
E neles, enxergaremos os sinais.
Sejamos como aquela galinha do nosso bando
que mesmo sendo galinha galinha, teve a coragem do mais
e pelo mais, conseguiu ver que do outro lado do muro
a areia está mais fofa e o milho não cai da mesa do que se acham grandes.
Mais que humanos. Gente!