sexta-feira, 12 de março de 2010

E por fim, rendemo-nos ao Sistema.

Quando temos raízes e acreditamos que o Ser Humano vale o que é e não o que produz como nos impõe categoricamente e imperativamente o meio social, nos colocamos sujeitos a crise e ao risco de sermos pessoas que se vale dos mesmos principios.
Numa ponta do barbante, temos o mais sagrado, o mais Santo dos sentimentos que é a solidariedade, o amor fraterno que nos remete à doação sem troca, do Amor Incondicional que, por vezes, Jesus nos mostrou como caminho e Luz. Na outra ponta do mesmo barbante da nossa vida, temos uma sociedade onde nos é dado um sistema competitivo, de quem vale mais é quem tem mais. Um sistema que coloca o ser humano a baixo daquilo que chamamos de dignidade, na qual, a própria Constituição Federal Brasileira protege.
É complicado para os cristãos que, de fato, assumiram seu batismo, viver numa sociedade dessa forma. Se não é anarquista, é fariseu. Quando não, um alienado. O Projeto de redenção de Jesus, nada mais foi que uma valoração humana no meio social. O rico respira o mesmo ar que o pobre, e por isso não é mais importante. Observemos a vida através da Teoria Finalista. A que fim chegará nossos passos? a que fim dará nossos bens? A que fim estamos injetando nossos valores mais precisos?
É Jesus dizendo de um lado, e a necessidade de viver e ser melhor que o outro que o Capitalismo que o capitalismo impõe do outro. Pensemos nos nossos objetivos de vida observando quem está do nosso lado, quem bate na nossa porta indiretamente.
Olha da janela do teu apartamento, sobretudo quando mora enfrente a algum repartimento de ordem pública. Observa aquela gente e aprenderás. Não é a janela do teu apartamento, nem teu andar mais alto, vai te fazer mais forte, mais santo, mais puro e importante que aqueles.
Peçamos ao Pai Criador, que a Igualdade e indiferença social aconteça. Que a Mãe do Salvador que também levou portas e portas na cara quando estava pra parir Jesus, nos remeta a realidade e nos ensine a colocar-mos no nosso lugar.
Valei-nos Pai, no teu regaço!

"Portanto, quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair" (Paulo de Tarso)